
A Universidade Federal da Bahia (UFBA) lamenta profundamente o falecimento do diretor, dramaturgo e professor Deolindo Checcucci, aos 76 anos. A cerimônia de despedida ocorrerá nesta terça-feira, 05 de agosto, às 14h, no cemitério Campo Santo.
Natural de Jequié e neto de italianos, ele marcou o teatro baiano por mais de 40 anos, exercendo funções como encenador, dramaturgo, cenógrafo, figurinista, produtor e ator. Deolindo Checcucci iniciou sua trajetória artística em 1968, ao concluir o curso de Formação do Ator na Escola de Teatro da UFBA, local que logo começou a lecionar, com foco inicial em Teatro e Expressão Corporal. Também teve destaque na gestão da Escola: atuou como chefe de departamento, coordenador de colegiado e diretor da Escola de Teatro da UFBA entre as décadas de 1980 e 2000.
Seu currículo abrangeu cerca de 60 montagens (entre textos autorais e não autorais). Criou o Palco Verde (espaço teatral alternativo), integrou o elenco dos primeiros espetáculos de dança da coreógrafa Lia Robatto, no final dos anos 1960. Dirigiu textos de autores como Eugène Ionesco, Maria Clara Machado, Fernando Pessoa, Haydil Linhares e Cleise Mendes, além de firmar-se como autor e encenador de textos próprios.
Firmou-se como autor e encenador dos seus próprios textos. A obra ‘A Coleção Teatro Baiano’, lançada pelo selo da Editora da Universidade Federal da Bahia (Edufba), em 2013, é composta por três volumes de suas peças: ‘Musicais Infanto-juvenis’, ‘Peças de Amor’ e ‘Ódio e Protagonistas Nordestinos’.
No volume intitulado ‘Protagonistas Nordestinos’, algumas de suas peças de maior sucesso podem ser encontradas, como a premiada ‘O Voo da Asa Branca’ ou ‘Luiz Gonzaga, o Rei do Baião’, ‘Raul Seixas’, além de ‘Maria Quitéria’, ‘Irmã Dulce’ e ‘A Mulher de Roxo’. Com texto de Cleise Mendes, montou os espetáculos ‘Castro Alves’ e ‘Boca do Inferno’, sobre Gregório de Mattos.